Chegada e saída
sábado, 14 de maio de 2011
Oi, pessoas!! Eu tenho uma boa e uma má notícia. Qual vocês querem saber primeiro? A boa é que finalmente nos mudamos (aleluia!) e a péssima é que consegui fraturar a patela daquele joelho valente de guerra que tinha recentemente passado por 3 cirurgias (Vou deixar pra contar os detalhes desse dia fatídico lá pro final, tá?)
Sexta retrasada tirei um abono no trabalho pra fazermos a mudança. Em meio à chuva e um clima nostálgico, tive vontade de chorar ao sair da casa antiga e relembrar os 11 anos bem vividos lá. Tudo que aprendi na vida de casada e de mãe até então foram testemunhados por aquelas paredes (ainda bem que elas são mudas, né?). Tempos bons que darão vez a outros cercados de mistério e esperança. Então, firmada nesta última palavra <esperança>, fomos rumo ao novo lar.
Chegando lá, tratei de arrumar primeiramente o cômodo a ser mais visitado: a cozinha. Sei que parece estranho, mas como tinha muitas caixas para lá, achei melhor organizá-las logo para partir em seguida para a sala e depois o escritório. Enfim, dar cabo do térreo num dia só!
Com o apoio de minha-diarista-ajudante-das-horas-vagas, colocamos as caixas referentes aos quartos, closet e banheiros em cima – no mezanino – para serem guardadas no dia seguinte.
Em resumo, conseguimos organizar a casa em tempo recorde. Paulo nem acreditou que fizemos tantas coisas em tão pouco tempo. É verdade que ainda falta arrumar o quarto de Samara, pois os móveis ainda não ficaram prontos, mas isso é de menos. Por hora, as caixas ficarão no quarto do baby-imaginário-tão-aguardado-que-um-dia-nascerá-se-Deus-quiser-amém. Agora a casa já está devidamente habitada e pronta para receber os amigos e familiares (aos poucos, ok?).
No domingo, fizemos o culto aqui em casa com tons de ação de graças e vimos nos semblantes presentes o compartilhar de alegria por nossa conquista. Foi muito especial!
Apesar de estar ainda morta de cansada, estou muito feliz. Aliás, quero dizer que fiquei muuuuuito satisfeita com o resultado da decoração – tanto rústica e intimista quanto feliz e convidativa. Senti-me como Deus na Criação, quando criou as coisas em cada dia e, ao final de cada um, olhou contemplativamente e viu que ficou bom.
Aos poucos, colocarei algumas fotos para compartilhar o meu cantinho. Contudo, mal deu tempo de eu começar a curtir a casa. Consegui escorregar um pano de chão e modificar os memoráveis versos de nosso imortal poeta Drummond:
No meio do caminho tinha um pano
Tinha um pano no meio do caminho
No meio do caminho tinha um pano
Tirando o humor, tenho que dizer que NUNCA, NEM EM TEMPO ALGUM senti TANTA DOR quanto essa de quebrar o osso, mesmo o médico plantonista teimando em afirmar que eu não havia fraturado (e eu já dizendo a todos que havia fraturado, por sexto sentido ou sei lá o quê). A constatação veio nesta segunda quando fui ao meu médico, que além de imobilizar a perna ainda passou uns remédios supersônicos para passar a dor. Só que, como nem a dor e nem a febre passaram, na madrugada da terça pra quarta eu tive que me submeter a uma cirurgia de emergência para limpeza interna da área afetada. Confesso que pensei que ia morrer, pois de tão sem forças que estava não poderia conceber que suportaria uma intervenção cirúrgica. Pedi a Paulo pra não permitir, mas ele sustentou a afirmativa do médico de que seria o melhor pra mim. Pedi à minha sogra que falasse com Paulo para não permitir, mas ela - com o coração na mão - concordou com ele.
Ao entrar no Centro Cirúrgico, aos prantos de dor, clamei ao médico que adiasse o procedimento, mas ele também enfatizou a importância da cirurgia (queéqueéisso!!ninguém me ouve??!!!!). Pedi ao anestesista para me deixar acordada para que pudesse acompanhar o que estava sendo feito e ter mais tempo para dialogar as alternativas posteriores à cirurgia. O.K. Conversei à beça depois da anestesia raqui e descobri que vou ter que fazer outra cirurgia depois para pôr platina na patela. O quê? Cinco procedimentos num único joelho em menos de 6 meses? Será que vai dar para eu entrar no Guiness?
Por fim, vos escrevo daqui de um leito hospitalar, com a perna COM-PLE-TA-MEN-TE imobilizada, fazendo uso de meios alternativos para fazer as necessidades primárias, com cabelo preso parecendo a Pedrita (não dá pra ter vaidade nessas horas) e clamando a Deus que me ajude a passar por isso mais uma dia - a cada dia.
Contudo, tenho recebido muitas ligações de amigos queridos desejando melhoras, dizendo que estão orando por mim e dispondo-se a ajudar em qualquer coisa. E foi muita gente mesmo! Obrigada! Continuem lutando comigo, pois a “Peregrinação de um Joelho Bichado” ainda não acabou.
Estarei aqui no hospital por uns dias. Venham me visitar a qualquer hora!
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